Chuva Rara no Deserto do Saara Forma Lagoas Impressionantes: Impactos Climáticos e Consequências no Marrocos
- Panorama da Semana

- 10 de out. de 2024
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Atualizado: 23 de abr.
O volume de precipitação registrado na região, uma das mais áridas do planeta, não era observado há pelo menos trinta anos.

Chuva Rara no Deserto do Saara
Uma sequência incomum de chuvas resultou na formação de lagoas azuis entre as palmeiras e as dunas do Deserto do Saara, proporcionando um alívio às áreas mais afetadas pela seca. O volume de água observado é o maior registrado nas últimas décadas.
O deserto localizado no sudeste do Marrocos é um dos ambientes mais secos do planeta e, normalmente, raramente recebe chuvas no final do verão. Segundo o governo marroquino, dois dias de precipitação em setembro superaram as médias anuais em várias regiões que geralmente registram menos de 250 milímetros por ano, incluindo Tata, uma das áreas mais afetadas. Na vila de Tagounite, situada a cerca de 450 km ao sul da capital Rabat, mais de 100 mm de chuva foram contabilizados em apenas 24 horas.

Em comunidades do deserto que recebem muitos turistas no Saara, veículos 4x4 atravessavam as poças formadas pela chuva, enquanto os moradores observavam a cena com admiração.
“Não temos tanta chuva em um curto espaço de tempo há 30 a 50 anos”, afirmou Houssine Youabeb, da Diretoria Geral de Meteorologia do Marrocos. Segundo os meteorologistas, essas chuvas, classificadas como uma tempestade extratropical, podem alterar o padrão climático da região nos próximos meses e anos, uma vez que o ar absorve mais umidade, o que aumenta a evaporação e atrai mais tempestades, explicou Youabeb.

Seis anos seguidos de seca têm criado dificuldades significativas para muitas regiões do Marrocos, levando agricultores a abandonar cidades e vilarejos, além de forçá-los a racionar água. As chuvas recentes devem ajudar a reabastecer os grandes aquíferos subterrâneos da região, que são essenciais para o fornecimento de água às comunidades no deserto. Durante setembro, os reservatórios da área registraram recargas em níveis recordes, embora ainda não se saiba quão eficazes essas chuvas serão no combate à seca.
Entretanto, as enchentes também trouxeram consequências trágicas, resultando em mais de 20 mortes no Marrocos e na Argélia e causando danos às colheitas, o que levou o governo a destinar fundos para ajuda emergencial, incluindo em áreas afetadas pelo terremoto do ano passado.
Satélites da NASA registraram água fluindo para o Lago Iriqui, um famoso leito de lago entre Zagora e Tata que estava seco há cinquenta anos.
Permite o monitoramento de condições climáticas em tempo real, como temperatura, umidade, pressão atmosférica e velocidade do vento. Alguns modelos oferecem conectividade com aplicativos para análise de dados.













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