Tensões no Oriente Médio: Irã, Israel e EUA em alerta após novos ataques de drones e ameaças
- Panorama da Semana

- 2 de nov. de 2024
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Atualizado: 2 de abr.

Tensões no Oriente Médio
Recentemente, os Estados Unidos afirmaram que não serão capazes de "conter" Israel se novos ataques iranianos ocorrerem. Em uma declaração contundente neste sábado (2), o Aiatolá Ali Khamenei prometeu uma resposta "rígida" contra seus adversários. Essa tensão crescente entre as nações destaca a delicada situação no Oriente Médio e a possibilidade de escalada de hostilidades na região.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou neste sábado (2) que qualquer ataque de Israel ou dos Estados Unidos ao Irã será respondido de forma "rígida". Enquanto isso, apoiadores iranianos no Iraque lançaram drones contra o território israelense, que foram interceptados pelas defesas de Israel.
"Os Estados Unidos e o regime sionista (Israel) devem entender que certamente receberão uma resposta rígida por suas ações contra o Irã, sua nação e a frente de resistência", afirmou Khamenei.
Nos últimos dias, os EUA emitiram um alerta ao Irã, informando que não conseguiriam "conter" Israel caso novos ataques ocorressem. A informação foi publicada pelo jornal americano Axios neste sábado (2), com base em relatos de uma autoridade dos EUA e uma ex-autoridade israelense.
De acordo com informações divulgadas anteriormente, a inteligência israelense já previa um ataque do Irã a partir do território iraquiano antes das eleições presidenciais nos EUA, agendadas para 5 de novembro. O Exército israelense, por sua vez, está simultaneamente envolvido em uma guerra contra o movimento extremista Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano.
Ambos os grupos são apoiados pelo Irã, que intensificou seus ataques contra Israel nos últimos meses, gerando preocupações sobre uma possível expansão do conflito no Oriente Médio. Faltando apenas três dias para as eleições presidenciais nos Estados Unidos e apesar das pressões internacionais, os esforços para encerrar as hostilidades ainda não tiveram sucesso.
Após o ataque do Hamas ao território israelense em 7 de outubro de 2023, Israel se comprometeu a eliminar o grupo palestino, lançando uma ofensiva na Faixa de Gaza. Além disso, busca neutralizar o Hezbollah, que abriu uma frente em solidariedade ao Hamas.
Nesse cenário de crescente tensão, os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira o envio de novos destacamentos militares para o Oriente Médio nos próximos dias. Entre os reforços estão sistemas de defesa contra mísseis balísticos, além de aeronaves de combate e bombardeiros B-52, que devem chegar "nos próximos meses" para garantir a "defesa de Israel" e servir como um alerta ao Irã.
Drones lançados do Iraque em direção a Israel representam uma escalada nas tensões regionais. O Irã, que apoia não apenas o Hamas e o Hezbollah, mas também os rebeldes houthis no Iémen e grupos pró-Irã no Iraque, considera essa coalizão como parte do "Eixo da Resistência" contra Israel, que ocupa os territórios palestinos desde 1967.
No sábado, a "Resistência Islâmica no Iraque", uma aliança de grupos armados com apoio iraniano, reivindicou a responsabilidade pelos lançamentos de drones direcionados a Eilat, no sul de Israel, às margens do Mar Vermelho. O Exército israelense relatou que interceptou três drones sobre o mar, que se aproximavam pelo leste. Em resposta ao lançamento de mísseis contra Israel em 1º de outubro, Israel atacou bases militares no Irã em 26 de outubro.
Ali Mohammad Naini, porta-voz da Guarda Revolucionária do Irã, ameaçou que a resposta à agressão ocorrida em 26 de outubro seria "firme, ponderada e poderosa", superando as expectativas do adversário.
No norte de Gaza, o Exército israelense bombardeou áreas como Jabaliya, Beit Lahia e Nuseirat, resultando na morte de três palestinos, conforme relatado pela Defesa Civil. Desde 6 de outubro, Israel tem concentrado suas operações no norte, alegando ter eliminado dezenas de "terroristas" em Jabaliya e realizado ações contra o Hamas no sul e no centro da região.
As autoridades humanitárias da ONU alertaram que os residentes do norte de Gaza estão em "risco iminente de morte devido a doenças, fome e violência", descrevendo a situação como "apocalíptica". O conflito atual foi desencadeado em 7 de outubro de 2023, quando militantes islamitas mataram 1.206 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, e sequestraram 251 indivíduos.
Na frente norte, o Hezbollah lançou foguetes contra alvos em Israel, incluindo uma base militar perto de Tel Aviv e "indústrias militares" próximas a Haifa. Pelo menos 19 pessoas ficaram feridas em Tira, centro de Israel, quando um projétil atingiu um edifício. Esses disparos ocorreram um dia após bombardeios israelenses que resultaram na morte de mais de 50 pessoas no Líbano.
O Exército israelense também bombardeou novamente os subúrbios ao sul de Beirute, reduto do Hezbollah, causando a morte de uma pessoa e ferindo 15. Desde 30 de setembro, Israel tem realizado uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, intensificando os ataques contra posições do Hezbollah após um ano de trocas de tiros transfronteiriços. Pelo menos 1.900 pessoas já morreram no Líbano desde o aumento dos conflitos, segundo dados oficiais.
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