Contradições de Marina Silva: Nikolas Ferreira Questiona Ações e Políticas Ambientais no Governo Lula
- Panorama da Semana

- 17 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 22 de abr.
Deputado federal do PL de Minas Gerais destaca, diante da titular do Meio Ambiente, declarações antigas da ministra que não são mais utilizadas no governo Lula.

Nikolas Ferreira Questiona Ações e Políticas Ambientais no Governo Lula
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), durante uma reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural na quarta-feira (16 de outubro de 2024).
Ele a acusou de ser “contraditória” e “incompetente”. Marina estava presente para discutir com os parlamentares a situação das queimadas. Nikolas apontou que a ministra demonstrou incoerências ao atribuir a responsabilidade pelas queimadas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), ao se posicionar a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e ao tê-lo chamado de “corrupto” antes de assumir o ministério.
“Até pouco tempo, a responsabilidade pelas queimadas era atribuída a Bolsonaro. Você mesmo postou no Twitter que o Pantanal estava em chamas devido à ‘postura inescrupulosa do presidente’ [Jair Bolsonaro]. Quem diria que você se contradisse a esse ponto, o que poderia ser usado contra você. São quase 22 mil queimadas, a maior em 26 anos. E agora, a culpa é de quem? Da mudança climática? Das pessoas que estão ateando fogo? Mas não é do seu governo. […] Você diz que agradece ao Lula por estar onde está. Qual Lula é esse? O mesmo Lula que você chamou de corrupto até pouco tempo atrás?
O PT do qual você afirmou não se arrepender do impeachment da Dilma?”, questionou o deputado. Nikolas também mencionou que alguns congressistas do PT consideravam Marina “muito acadêmica e com poucas propostas”, e que havia um desejo por sua demissão. Ele ainda citou o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, demitido por acusações de assédio sexual, e indagou por que a ministra do Meio Ambiente não havia se manifestado sobre o caso.
“Até mesmo os parlamentares do PT afirmam que você deveria ser demitida por ser excessivamente acadêmica e por apresentar poucas propostas, e eu concordo com essa opinião […] O último a fazer um discurso suave como o seu foi o ex-ministro dos Direitos Humanos, que logo após foi acusado de assédio sexual, um tema sobre o qual você permaneceu em silêncio”, afirmou.
Em resposta às críticas de parlamentares sobre sua gestão, Marina Silva defendeu suas ações e destacou a importância das "preocupações ambientais" expressas pelos críticos. Ela argumentou que, sem as iniciativas de combate a incêndios implementadas pelo governo, a situação das queimadas no Brasil poderia ser ainda mais grave. “Enfrentar a seriedade do problema exige preparação, e estamos nos preparando para isso há pelo menos dois meses. Se não tivéssemos feito isso, não teríamos conseguido melhorar a situação no Pantanal. Vamos continuar intensificando nossos esforços a cada ano”, afirmou Marina.

A ministra também mencionou o aumento de 18% na quantidade de brigadistas e no orçamento para as operações de combate a incêndios. “Conseguimos restabelecer o orçamento do Ibama e do ICMBio graças ao empenho do governo. Sem isso, não teríamos conseguido mobilizar mais de 800 pessoas no Pantanal, mais de 1.000 na Amazônia e outras 800 no Cerrado para enfrentar o fogo”, acrescentou.
Quanto às críticas sobre sua atuação como líder do Meio Ambiente, Marina ressaltou que sua trajetória de vida pública demonstra seu comprometimento com a causa. “Desde os 17 anos estou nessa luta e, aos 66 anos, continuo enfrentando esse tipo de questionamento. O que posso apresentar aqui é minha própria vida e minha prática. Estou aqui para discutir as ações que estamos realizando, e de fato, aumentamos nossas operações de combate”, declarou.
Marina também fez menção às suas declarações anteriores em relação ao governo Jair Bolsonaro. Em setembro, a ministra afirmou que o Brasil enfrenta um “terrorismo climático” e que os incêndios têm origem criminosa, fazendo uma conexão com o “dia do fogo” de 2019, quando ocorreram diversos incêndios intencionais no Pará. Durante a gestão Bolsonaro, ela havia atribuído os incêndios a políticas ambientais inadequadas, comparando a situação ao Holocausto.
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