Lula, Economia e Programas Sociais: A Falta de Estrutura Financeira e o Impacto na Popularidade
- Panorama da Semana

- 4 de nov. de 2024
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Atualizado: 2 de abr.
Desde o início do mandato, o presidente Lula vem sendo alertado sobre a importância de organizar as contas públicas para fortalecer a base da economia. Até o momento, essa medida não foi implementada

Lula, Economia e Programas Sociais
O renomado produtor musical Quincy Jones, amplamente reconhecido como um dos mais bem-sucedidos do mundo, faleceu nesta semana aos 91 anos. Com uma carreira impressionante, Jones produziu e arranjou três álbuns de Michael Jackson, incluindo *Thriller*, que superou a marca de 100 milhões de cópias, tornando-se o álbum mais vendido da história. Ele foi indicado ao Grammy 79 vezes, conquistando 27 prêmios, além de ter vencido um Oscar e um Emmy.
Mas o que faz o lendário produtor musical aparecer em uma coluna de política? A resposta está em uma de suas frases, que se encaixa perfeitamente no cenário político atual do Brasil. Jones adaptou uma citação de Goethe. Enquanto o escritor alemão dizia que "a arquitetura é música congelada", Jones afirmava que "a música é arquitetura líquida". Essa visão, entre arquitetura e música, espelha o governo Lula, que aposta em diversos programas sociais, mas sem realizar o necessário ajuste fiscal.
Desde o início de seu mandato em 2023, Lula vem sendo alertado sobre a urgência de organizar as finanças públicas para estabelecer uma base econômica sólida. Contudo, para evitar descontentamento entre membros do PT, que visam benefícios eleitorais em 2024, o presidente optou por lançar programas sociais, que têm mérito, mas que, sem uma estrutura financeira adequada, acabam se dissipando sem impacto duradouro.
As ações anunciadas nos últimos 22 meses têm grande relevância. Programas como Pé de Meia, Bolsa Família ampliado, Desenrola e Minha Casa Minha Vida são fundamentais para trazer algum alívio à realidade difícil enfrentada por muitos brasileiros. O desafio está na estrutura que os sustenta.
Sem uma base sólida
Se bem estruturados, todos esses programas poderiam formar uma poderosa iniciativa contra a desigualdade. No entanto, atualmente, é como se esse espetáculo estivesse sendo apresentado ao ar livre, sem palco adequado, pois o governo Lula não priorizou a construção de uma base sólida para sustentá-los.
No governo petista, falta a “arquitetura” — o controle dos gastos, a organização do orçamento e o saneamento das contas públicas. Sem essa base financeira, por mais importantes que sejam, esses programas acabam dispersos e sem impacto duradouro.
O toque do gênio
Quincy Jones se destacou justamente por saber adaptar suas produções ao momento que o público vivia. Em 1964, por exemplo, produziu Frank Sinatra e o incentivou a regravar “In Other Words”, uma música de pouco sucesso lançada uma década antes, transformando-a em um clássico.
Jones revisou o arranjo, alterou o título e orientou Sinatra sobre a interpretação, transformando “Fly Me to the Moon” em um dos maiores sucessos da carreira do cantor e da indústria musical.
Desigualdade e Popularidade
Os programas sociais do governo Lula, embora ofereçam alívio temporário a algumas pessoas, têm um custo elevado. Esses programas — assim como a música — são uma ferramenta eficaz para impulsionar a popularidade e, por isso, a escolha é compreensível.
Contudo, o verdadeiro combate à desigualdade requer uma estrutura econômica sólida, construída com uma base de “arquitetura e engenharia” financeira, não apenas com medidas pontuais.
Sem Sustentabilidade
Para reduzir desigualdades de forma duradoura, é essencial criar segurança para investidores, incentivando o desenvolvimento da infraestrutura, a criação de empregos e a estabilidade social. Lula busca resultados rápidos, e é compreensível que se inspire mais em Quincy Jones do que em Goethe. O desafio, no entanto, é que ele carece tanto da genialidade de um quanto da visão de longo prazo do outro.
Até agora, nem a popularidade desejada foi alcançada com essa estratégia, e a pressão aumenta para realizar entregas consistentes antes das próximas eleições, que se aproximam.
Mudança de Partido?
Quanto à possível troca de partido da governadora Raquel Lyra (PSDB), ainda não há acordo fechado com o PSD. Conforme relatado anteriormente, as negociações continuam, mas o status permanece indefinido.
A conversa entre a governadora e Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, segue em andamento. Contudo, ainda não houve um acerto final.
Nada Definido
De acordo com uma fonte próxima, a governadora Raquel Lyra ainda não avançou em conversas mais detalhadas com o PSDB, nem tomou uma decisão final sobre sua possível ida ao PSD. As discussões sobre o futuro dos tucanos permanecem em aberto, com a possibilidade de uma federação com outros partidos ainda em pauta.
Diálogo com Prefeitos
Antes de qualquer decisão, também será necessário conversar com os prefeitos do PSDB e do PSD. Em 2024, mais de 50 prefeitos foram eleitos com apoio da governadora, divididos entre os dois partidos.
Movimento Natural
A migração de Raquel para o PSD seria um movimento estratégico, considerando o cenário político de Pernambuco. O partido, que está em crescimento, faz parte da base de apoio ao governo Lula e serve como elo com deputados do PT na Assembleia Legislativa, que já atuam próximos à base governista.
Essa mudança parece fazer todo sentido, mas, até o momento, a decisão final ainda não foi tomada.
Fornece informações detalhadas sobre o contexto histórico da Proclamação da República.













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