"A Era de Ouro dos EUA Começa Agora": Trump Fala Como Novo Presidente
- Panorama da Semana

- 20 de jan.
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Atualizado: 21 de jun.

"A Era de Ouro dos EUA Começa Agora"
Nesta segunda-feira (20), Donald Trump assumiu o cargo de 47º presidente dos Estados Unidos, substituindo Joe Biden, em uma cerimônia realizada na Rotunda do Capitólio devido às baixas temperaturas que afetavam Washington D.C. Este evento marcou o começo de um novo capítulo para a política americana. Acompanhado de sua esposa, Melania Trump, ele fez o juramento de posse diante do presidente da Suprema Corte, John Roberts, comprometendo-se a “preservar, defender e proteger a Constituição dos Estados Unidos”.
A cerimônia também foi marcada pela posse de J.D. Vance como vice-presidente, substituindo Kamala Harris, que foi derrotada por Trump nas eleições de novembro de 2024.
Com a supervisão da senadora democrata Amy Klobuchar, presidente do Comitê Conjunto do Congresso para as Cerimônias de Posse, a troca pacífica de poder foi a grande simbologia do evento. Em seu discurso, Klobuchar ressaltou que "hoje, assistiremos à transferência pacífica de poder, um princípio fundamental de nossa democracia".
Discurso de Transformação e Renovação
Em seu discurso de posse, Donald Trump comprometeu-se a restaurar a prosperidade e o respeito internacional dos Estados Unidos. Ele declarou: “A era de ouro dos EUA começa agora”, prometendo que o país experimentará um crescimento sem precedentes. “Seremos admirados e não permitiremos que se aproveitem de nós. Durante meu mandato, colocarei os EUA em primeiro lugar. Nossa soberania será recuperada”, afirmou.
Trump abordou questões chave que marcarão sua administração, como imigração, economia, saúde e segurança pública. O presidente fez duras críticas ao sistema de saúde e educação atual, alegando que não atendem às necessidades do povo americano. Ele também afirmou que sua vitória é um mandato para corrigir esses problemas e melhorar as condições do país.
“Minha eleição me dá um mandato para mudar completamente e reverter as várias traições que ocorreram no país, e devolver às pessoas a dignidade", disse o presidente.
Trump fez críticas à maneira como as crises recentes foram geridas, como os incêndios em Los Angeles, na Califórnia, destacando a falta de eficácia das administrações locais e federais sob o comando dos democratas.
Trump também fez referência à tentativa de assassinato que sofreu em julho do ano passado, expressando sua gratidão a Deus por ter sobrevivido e reafirmando seu compromisso com o lema de sua campanha: "Fazer os EUA grandes novamente".
Ele aproveitou a ocasião para anunciar ações imediatas para enfrentar os desafios econômicos e de segurança que o país enfrenta.
"Hoje, assinarei uma série de ordens executivas históricas. Com essas ações, iniciaremos a completa restauração da América e a revolução do senso comum. Tudo se resume ao senso comum", disse.
Trump anunciou que irá classificar os cartéis de drogas como organizações terroristas estrangeiras e afirmou que utilizará a lei Alien Enemies Act de 1798 para direcionar seu governo a mobilizar todas as forças de segurança federais e estaduais no combate às gangues estrangeiras e redes criminosas. Ele destacou que essas organizações estão causando crimes devastadores em todo o país, afetando especialmente as cidades e centros urbanos dos Estados Unidos.
O Alien Enemies Act de 1798 é uma legislação dos Estados Unidos que concede ao governo federal a autoridade para deter ou deportar cidadãos de países considerados inimigos durante períodos de guerra ou ameaças à segurança nacional. Trump também declarou uma emergência nacional na fronteira sul do país, afirmando que “toda entrada ilegal será imediatamente interrompida”.
O ex-presidente destacou a recuperação econômica como uma de suas maiores prioridades. Ele anunciou que declarará uma emergência energética para incentivar a exploração de recursos naturais, como petróleo e gás, e revelou planos para revogar o mandato de veículos elétricos.
“Nós seremos uma nação rica novamente, e o ouro líquido sob nossos pés nos ajudará a alcançar isso”, afirmou, criticando os excessos das políticas ambientais anteriores, como o Green New Deal.
Outro ponto-chave de seu discurso foi a revitalização da indústria americana. “Fabricaremos carros na América novamente em um ritmo que ninguém poderia imaginar. Agradeço aos trabalhadores da indústria automobilística pelo voto de confiança”, concluiu Trump.
O novo presidente anunciou sua luta pela liberdade de expressão, prometendo assinar "imediatamente uma ordem executiva para encerrar toda a censura governamental e restaurar a liberdade de expressão nos Estados Unidos".
"Hoje é o Dia da Libertação dos Estados Unidos", afirmou Trump, comprometer-se a restabelecer a confiança do povo americano no governo e a garantir uma administração focada no bem-estar dos cidadãos.
Trump também declarou que tomará medidas decisivas para corrigir o que considerou injustiças contra membros das forças armadas durante a pandemia de Covid-19. Ele garantiu que seu governo devolverá os direitos e a dignidade aos militares expulsos por se oporem à obrigatoriedade da vacina contra a Covid.
"Reintegrarei todos os militares que foram injustamente expulsos por se recusarem à vacina, com pagamento retroativo integral", afirmou. Além disso, comprometeu-se a encerrar o que chamou de "experimentos sociais e teorias políticas radicais" dentro das Forças Armadas. “Isso vai acabar imediatamente. Nossas Forças Armadas estarão livres para se concentrar em sua única missão: derrotar os inimigos da América”, concluiu Trump.
O republicano reiterou ainda sua determinação em retomar o controle do Canal do Panamá, alegando que ele atualmente está sob forte influência da China.
"A China está operando o Canal do Panamá. Nós não o entregamos à China, entregamos ao Panamá, e agora vamos retomá-lo", afirmou. Ele também anunciou a mudança do nome do Golfo do México para Golfo da América.
Trump anunciou a criação do External Revenue Service (Serviço de Receita Externa), uma nova agência destinada a administrar tarifas e impostos sobre produtos estrangeiros, como parte de sua estratégia econômica para beneficiar os cidadãos americanos e pressionar outros países.
“Em vez de taxar nossos cidadãos para enriquecer outros países, tarifaremos e taxaremos os países estrangeiros para enriquecer nossos cidadãos”, afirmou.
Ainda abordando sua política externa, Trump destacou que pretende adotar uma postura conciliadora e voltada para a resolução de conflitos globais. Ele afirmou que sua maior ambição será ser lembrado como um pacificador: "Meu legado mais orgulhoso será o de pacificador e unificador".
Ao encerrar seu discurso de posse, Trump reforçou sua visão otimista e ambiciosa para o futuro dos Estados Unidos. O novo presidente declarou que o país está entrando em uma nova fase de sua história, marcada por oportunidades, resiliência e independência. Ele prometeu enfrentar os desafios com coragem e determinação, garantindo que os Estados Unidos retomem seu papel como líder global e símbolo de prosperidade.
"Seremos prósperos, seremos orgulhosos, seremos fortes e venceremos como nunca antes. Não seremos conquistados, não seremos intimidados, não seremos quebrados e não falharemos. A partir de hoje, os Estados Unidos da América serão uma nação livre, soberana e independente. Estaremos firmes com coragem, viveremos com orgulho, sonharemos com ousadia, e nada ficará em nosso caminho, porque somos americanos. O futuro é nosso, e nossa era dourada acaba de começar", disse.
Segurança reforçada
A cerimônia de posse realizada nesta segunda-feira contou com a presença de diversas figuras políticas e empresariais de grande influência. Entre os convidados estavam os ex-presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, acompanhados de suas respectivas esposas, Hillary Clinton e Laura Bush. Mike Pence, ex-vice-presidente durante o governo Trump, também esteve presente, apesar do afastamento político nos últimos anos.
Líderes internacionais, como o presidente da Argentina, Javier Milei, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, estiveram no evento, destacando sua importância global. Além disso, grandes nomes do setor tecnológico, como Elon Musk, Mark Zuckerberg, Jeff Bezos, Tim Cook e Sundar Pichai, marcaram presença na cerimônia.
Em Washington, D.C., as medidas de segurança foram fortemente reforçadas, afetando o tráfego aéreo e os aeroportos. De acordo com a Administração Federal de Aviação (FAA), os voos que chegavam à região enfrentaram atrasos de até 30% devido às operações de segurança em curso.
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